MISIA conversa com a CNNGo

Em entrevista a CNNGo, MISIA fala sobre seu objetivo de promover a bodiversidade pelo mundo e conscientizar as pessoas sobre a pobreza na África.




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Segue a tradução da entrevista:
(CNNGo) Nos fale sobre seu envolvimento com as Nações Unidas, qual exatamnete seu papel?

(MISIA) Meu objetivo principal é divulgar a bodiversidade e o COP10.Também, como a artista e cantora, vou continuar apelando para que as pessoas conheçam e tenham consciência dos problemas da biodiversidade.
Eu não sou uma estudiosa, nem política e nem uma expert no assunto biodiversidade.É por isso que sou capaz de explicar a importancia da biodiversidade com palavras simples e sem os jargões usuais, assim as pessoas comuns podem enteder bem.
Adicionado a isso, nós criamos um site chamado SATOYAMA BASKET para encorajar as pessoas a aprende sobre biodiversidade. Nesse site há imagens e documentos escritos que eu mesma inspeciono. Tenho feito essas visitas para aprender mais sobre a biodiversidade e a atual situação e eu espero compatilhar essas experiências e o conhecimento através desse site. Eu espero que muitas pessoas o visitem ele.
Eu também tenho falado sobre em minhas entrevistas e eventos ao vivo. Atualmente, estou em Tour, a qual eu chamo de "Hoshizora no LIVE VI" e que acontece geralmente em locais abertos próximos a florestas. O objetivo desse concerto ao vivo é sentir a biodiversidade através da música ao vivo.Nós desenvolvemos também a "Biodiversity Band" (uma pulseira de silicone com os símbolos da biodiversidade) da qual toda a renda é doada para a Secretaria da Convenção da Diversidade Biologica.
Há também um estande sobre a Biodiversidade nas ruas próximas ao local do concerto com o apoio do Ministério do Meio Ambiente.


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(CNNGo) Você apoiou a Copa do Mundo da FIFA na África do Sul. Você poderia nos falar sobre seu envolvimento lá?

(MISIA) Como parte do álbum oficial da Copa do Mundo, Listen Up!, eu gravei meu novo single "MAWARE MAWARE". Eu apresentei essa música na praça Nelson Mandela em Johannesburg. Essa música foi composta por um grupo chamado M2J, formado por artistas multi-talentosos chamdos JP e DJ Muro.
Francis Jocky, camaronês que vive em Nova York, colaborou conosco também. Como o primeiro jogo da seleção japonesa era contra a seleção de Camarões, nós enterpretamos essa canção como um prelude ao jogo.
Quando participei de eventos organizados pela Sony, meu vídeo promocional em 3D foi apresentado pela primeira vez. Minha apresentação ao vivo também foi transmitida em 3D e eu tenho certeza que foi estereocópico e extremamente realista. Toda a audiência estava usando óculos 3D e o lugar parecia espetacular.
É claro que nós assistimos o jogo Japão vs Camarões no dia seguinte. Eu fiquei felis com a vitória do Japão, mas o que mais me impressionou foi a torcida da população local e senti que não havia barreiras entre raça ou cultura.
Na mesma época, visitei o centro Football for Hope para falar com as crianças locais. Esse é um projeto social organizado pela FIFA. O centro oferece aulas de futebol e também outros programas onde as crianças podem aprender muitas coisas, como dança ou video-engenharia oferecida pela Sony. Eles também oferecem testes de HIV e eduação anti-epidêmica. A renda do álbum Listen Up foi convertida para abrir 20 novos centros pela África.
Todas as músicas do álbum foram produzidas com a colaboração de artistas africanos e não posso deixar de dizer que é um ótimo álbum. Também está incluído nele o discurso do ex-presidente Nelson Mandela. Esse álbum está repleto de entusiasmo das pessoas. Mesmo com o fim da Copa, eu realmente espero que as pessoas possam apreciar essas canções.

(CNNGo) Como foi sua experiência na África do Sul e quais as diferenças para outros países africanos?

(MISIA) Uma das coisas mais surpreendentes é como a economia é extremamente desenvolvida perto de outras nações africanas. Entretanto se você sair da cidade há muitas áreas de favela e 70% dos jovens estão desempregados. Eu senti uma enorme lacuna entre os ricos e os pobres.
Também fiquei muito imprssionada em ver os jovens trabalhando felizes nos estádios de futebol. Nós constumamos nos esquecer, mas sempre que visito paises africanos, eu percebo que ter um emprego e coisas para fazer é algo que nós deveríasmos ser agradecidos.
Sem falar que a seguraça é muito pobre nessas áreas, eu nunca passei por nenhuma situação assustadora, nem quando visitei as favelas. Eu acho que a grande diferença entre ricos e pobres fazem com que a incidência de violência cresça na África do Sul.

(CNNGo) A Copa do Mundo mostrou uma África em bom estado, tornando difícil convencer as pessoas que muito ainda está um subdesenvolvimento?

(MISIA) Eu acredito que é muito significativo receber uma Copa do Mundo na África do Sul, onde o sitema do apartheid ainda existia há algumas décadas atrás. O significado fica ainda mais forte se você considerar todos os problemas que eles enfrentaram até hoje. É importante que essa Copa do Mundo seja considerada como um passo para o futuro.
É difícil resolver problemas como o HIV e a pobreza imediata e completamente.Todavia eu acredito que podemos acabar com tanto sofrimento ainda nessa geração.
Eu aprendi muito sobre realidades de sofrimento durante as minhas atividades e corta meu coração saber disso. Entretanto eu aprendi que muitas dessas tragédias poderiam ser evitadas se soubessemos delas antes. Eu gostaria que os africanos tivessem mais oportunidades de conhecer o mundo. Tenho certeza que podemos mudar o mundo se conhecermos mais sobre ele.

(CNNGo) Qual o futuro do Child Africa?

(MISIA) Em maio nós estabilizamos a "mudef" (Music Design Fundation)e eu sou mebro do conselho. O principal objetivo dessa organização é aumetar a conscientização nos MDGs (Millennium Development Goals)para acelerar sua realização.Entre os oito objetivos principais para 2015 estão a conservação da biodiversidade e da universalidade de escolas primárias. Child Africa, que é uma campanha para a eduação das crianças africanas desde 2008, faz parte dessas atividades.
Através do mudef, eu gostaria de combater os vários problemas que os MDGs pretendem resolver, assim como ajudar as crianças africanas e a questão da biodiversidade.
Como fui apontada como embaixadora do COP10 em março, eu vou combater os problemas da biodiversidade assim como as questões na África que temos falado por tanto tempo. Biodiversidade significa que tudo que vive está conectado e que deveríamos ser gratos por essas bençãos.
Lidando com os problemas na África, eu aprendi que que questões globais como a pobreza, conflitos e problemas ambientais estão todos conectados, especialmente quando tais problemas são provocados pelos humanos.Eu comecei a entender o sentido da necessidade de se pensar, aprender e enviar a mensagem com uma visão mais ampla quando penso no que devo fazer pelo futuro do mundo.

(CNNGo) É muito raro artistas japoneses envolvidos com caridade. O que inspirou você?

(MISIA) Uma das principais razões das minhas atividades é o fato de eu ser de Nagasaki. Nagasaki foi alvo do desastre com a bomba nuclear na Segunda guerra Mundial em 1945. Por causa disso, a educação pacífica é muito popular. O que eu aprendi foi "não repetir histórias desastrosas". Entretando o mundo vem repetindo várias situações dolorosas. Eu quero saber os motivos, e quero saber como resolver isso. Eu acredito que essa vontade de aprender e pensar pode trazer a riqueza para o coração.
Muitas das atividades sociais resultam em caridade, mas eu penso que atividades sociais são para aprender mais sobre o mundo e sobre as pessoas que vivem nele.
Muitos artistas japoneses começaram a se engajar em atividades sociais. Alguns deles trabalham com organizações das Nações Unidas como embaixadores da Boa Vontade ou fazem o tradicional trabalho voluntário.

(CNNGo) Em Junho 2010, Dalai Lama discursou em Tóquio e deixou o seguinte aviso para os jovens japoneses:
"Gostando ou não, o Inglês é a linguagem universal. Estudem inglês e saiam. Isso é muito importante. Vocês são um país de tecnologia altamente desenvolvida. Agora, vocês devem participar, sabiamente, do mundo lá fora. A juventude japonesa fica aqui, e tem problemas aqui. Vão para o mundo! Para a Arabia, África, América Latina...Vocês podem contribuir muito."Qual a sua opinião?

(MISIA) O Inglês é uma ferramenta muito útil para a comunicação no cenário internacional. Na verdade, quando visitei a África, praticamente me comuniquei só em inglês. Ao mesmo tempo percebi que há coisas que consigo transmitir somente em japonês. Se possível gostaria de me comunicar e interagir com as pessoas em ambas as líguas.
Quanto a conhecer o mundo lá fora, acredito que é algo que nos dá uma preciosa experiência.Eu percebi que a tanto para fazermos quando fui a África. Eu também tive a oportunidade de saber e ouvir como o meu país é visto pelos outros, e o que estamos fazendo pelo mundo. É importante ver de perto e de longe as situações em ordem de encontrar uma posição. Ainda mais, eu acho que deveríamos trazer de volta ao nosso país essas experiências, dividí-las com os outros, melhorar ainda mais e levar de volta para o mundo para dar uma boa idéia para os outros.Essa interação leva a desenvolvimento mutual e maturidade. Eu acho que seria ótimo se esse tipo de interação fosse mais visto no Japão.#

Entrevista postada no dia 27 de Julho. Créditos: http://www.cnngo.com/