Continuação da 1º parte da entrevista que a cantora deu ao jornal Mainichi juntamente ao vice-reitor da UNU, Kazuhiko Takeuchi e o diretor do departapento de Ciências e natureza, Nakai Kazuhisa.
Nessa segunda parte da entrevista, o assunto continua focado no COP10 e na visita que MISIA fez à ilha de Tsushima.
(Nakai) Em Outubro de 2010, será sediado no Japão o encontro do COP10. Acredito que esse evento seja importante não só para assuntos sobre a biodiversidade, mas também para que possamos saber o que fazemos em nossas vidas para contribuir com a perda da biodiversidade.
(Takeuchi) As mudaças climáticas, a elevação da temperatira e do nível dos oceanos já é uma imagem comum, mas não parece afetar a nossa vida cotidiana, mas eu vejo que muitas pessoas estão preocupadas com esse problema. Mas a biodiversidade é realmente um problema familiar. Por exemplo, a comida que comemos, mais e mais hoje em dia, é importada. Esse alimento que antes não precisava ser importado, agora precisa por causa da destruição de lavouras e de locais de origem em algumas regiões. Olhando sob esse aspecto, a biodiversidade deveria ser mais familiar as pessoas, mas não é totalmente entendida. O COP10 é uma boa oportunidade, em termos de planos, para o entendimento da biodiversidade e do enorme problema que temos pela frente.
(Nakai) MISIA, depois de nomeada Embaixadora Honorária do COP10, deixou na Africa um grupo de apoio as crianças. Com esse encontro, você acredita que pode encontrar uma conexão para ajudar a África?
(MISIA) Na Africa, quando eu fui pela primeira vez em 2007, percebe-se que o problema é a pobreza, e todas as consequencias da pobreza. Por exemplo a falta de educação, o analfabetismo. O resultado é a falta de acesso a informação. Eles não podem saber o que está escrito em um remédio, ou simplesmente ler uma carta. Vi crianças entrando em território onde haviam placas de aviso que diziam "Perigo, não entre", mas elas não poderiam saber disso.
Por outro lado, os povos africanos levam uma vida muito tradicional, são auto-suficientes. Eles não acompanham o desenvolvimento conteporânio, e no fim, acabam vivendo na pobreza. O que está ligado a esse encontro sobre a biodiversidade, acredito que algumas empresas que poluem o ar e os rios africanos, poderiam se comprometer a redução desses poluentes. As vizinhas sofrem muito com a sujeira dexada por essas indústrias.[...]
(Nakai) Então é um problema vindo de muito tempo, de atividades passadas.
(MISIA) Sim.
(Nakai) De fato, há informações sobre o assunto no site, mas para você (MISIA) é importante ver com os próprios olhos.
(MISIA) Sim.
(Nakai) Recentemente, você (MISIA) foi a Tsushima, em Nagasaki, eu ouvi dizer?
(MISIA) Em Tsushima estão se esforçando muito com projetos de preveservação da natureza e de espécies naturais da ilha. [...] Os gatos de Tsushima, por exemplo, hoje são menos de 90 espécies, e a realidade é que estão cada vez diminuindo mais e mais. Eu queria ver de perto a biodiversidade do lugar, depois que ouvi falar.
Outros são os cavalos de Tsushima, hoje há apenas 27 deles, preservados na ilha. Várias outras plantas que só existem aqui, estão fadadas a extinção. Mas muita coisa boa ainda permanece em Tsushima. 80% dos pássaros migratórios que vem para o Japão, se estabelecem em Tsushima. A população local não quer quebrar esse ciclo natural, eles tentam agora preservar a biodiversidade do lugar.[...] O COP10, eu sinto, terá um problema muito díficil para discutir, e às vezes é preciso usar os meios de conservação.[...]
(Nakai) Ouvi dizer que Tsushima tem uma floresta densa, onde vivem animais e pessoas juntos.
No resto da discussão, os três ainda colocam a negligencia de orgão responsáveis pela preservação, e comentam sobre as florestas no Japão, a ultilização de agrotóxicos nas plantações, a questão da importação de madeira, etc.
MISIA ainda comenta, que mesmo vivendo em Tóquio, quando visitou Tsushima, sentiu-se bem em meio à natureza.Que por causa da vida urbana, as pessoas esquecem o meio rural as vezes.
(Takeuchi) [...] As grandes cidades são necessárias, mas ao mesmo tempo, o cenário natural tem de ser experimentado, principalmente pelas crianças. É preciso encontrar um equilíbrio, conhecer a natureza e a cidade tornando-os mais próximos para poder entender melhor.
(Nakai) Eu gostari muito que as crianças tivessem essa experiência.
Nakai e Takeuchi ainda comentam no fim do encontro a importância do conhecimento que MISIA trouxe dos países africanos, mostrando o quando a pobreza está ligada aos problemas com a biodiversidade.
Fim.

